A prática da logística reversa é um mecanismo cada vez mais comum em negócios do mundo inteiro. Isso porque traz resultados positivos que são sentidos tanto na indústria, quanto no meio ambiente.
A logística reversa possibilita a economia de recursos e o reaproveitamento de materiais, ao mesmo tempo em que minimiza os impactos ambientais. Além dessas vantagens, ainda melhora a imagem da empresa perante a consumidores e investidores. Por isso, é interessante saber como ela funciona e quais seus impactos.
Entenda.
O que é logística reversa?
A logística reversa, também conhecida como logística inversa, já existe há bastante tempo, mas ganhou esses nomes há apenas alguns anos.
Trata-se de uma área da logística que, ao invés de apenas atuar no percurso dos produtos desde a fábrica até o consumidor, preocupa-se com o pós-uso dos materiais e mercadorias. Isso quer dizer que ela atua no caminho inverso, ou seja, desde o cliente até o fabricante.
E por que o percurso inverso é importante?
Existem alguns cenários que geram (ou deveriam gerar) o retorno dos produtos até a indústria. O primeiro deles é a devolução de itens, seja por troca, insatisfação por parte do cliente, ou defeitos. Esse cenário é chamado de pós-venda.
O outro cenário tem a ver com o descarte correto dos resíduos gerados pelos produtos consumidos. Como por exemplo embalagens plásticas, restos de óleo lubrificante, pneus, pilhas e baterias velhas. Esse viés é conhecido como pós-consumo.
Entenda cada um deles.
Pós-venda
Quando um cliente devolve um produto, geralmente ele envia por correio ou informa para que a loja ou fabricante vá fazer a coleta. Depois, o item retorna ao fabricante que deve ter algum plano de ação sobre aquelas mercadorias.
O aumento da atividade dos e-commerce no Brasil e no mundo fez com que o número de devoluções também crescesse. Desse modo, é importante que as indústrias tenham uma estrutura preparada para o retorno dos produtos aos seus armazéns, assim como uma estratégia para o melhor aproveitamento daquilo que foi rejeitado.
No caso de itens com defeito, uma maneira de reaproveita-los é atuar na reparação, dando assim uma segunda vida a eles. Dessa forma, é possível coloca-los a venda outra vez.
Isso evita desperdícios de mercadorias potencialmente boas e ainda diminui custos de fabricação de um produto totalmente novo. Além disso, poupa-se a extração da matéria-prima para confecção, o que faz com que os impactos ambientais sejam minimizados.
Gerindo as devoluções
É preciso estar atento porque o processo de devolução envolve o transporte e a categorização dos itens que chegam ao armazém. Essa classificação precisa ser feita de maneira rápida e organizada.
É necessário controlar a data, a origem, o estado em que se encontra o produto, e o destino – seja reparo, refabricação, reciclagem, revenda ou descarte.
As devoluções implicam em horas trabalhadas para o manuseio dos itens, espaço no armazém, e uma forma de controlar as informações com eficiência.
Para isso, o uso de um software integrado com as outras áreas da empresa é o ideal. Nele, a equipe cadastra todas as informações, que já são compartilhadas automaticamente com o setor de compras, produção, vendas, e principalmente com todo o armazém.
O SAP Business One, por exemplo, é um ERP capaz de gerir a logística reversa sem interferir as demais operações do armazém. Ele contém uma ferramenta para controle de devoluções de mercadoria, o que resulta em ganho de agilidade no processo, mitigação de erros e retrabalhos e economia de recursos.
Pós-consumo
Como mencionamos anteriormente, o pós-consumo está relacionado com os resíduos gerados após a utilização de determinados produtos. Neste cenário, a indústria pode não receber ativamente os componentes de volta, como acontece com as devoluções. Portanto existem ações neste tipo de logística reversa que são facultativas – mas, como iremos explicar a seguir, são altamente indicadas porque impactam nos resultados da indústria.
É o caso das embalagens, principalmente as plásticas, ou produtos inteiramente plásticos. Primeiramente são necessárias campanhas de conscientização para que população separe e descarte esses resíduos corretamente, seja por parte do governo, da mídia ou das próprias indústrias.
Depois, é preciso que os fabricantes façam a coleta dos materiais e o transporte até seus armazéns, ou até o local mais apropriado para a reciclagem. E por último, são necessários esforços para o reaproveitamento dos materiais na fabricação de novos itens.
Porém, tais esforços valem a pena, porque assim como no caso das devoluções, eles economizam recursos, matéria-prima, diminuem o impacto ambiental e ainda conquistam a confiança do público.
A responsabilização das indústrias na logística reversa
Há, entretanto, casos em que a indústria deve se responsabilizar pelos resíduos gerados após o consumo dos seus produtos, como com pilhas e baterias velhas, lâmpadas fluorescentes, pneus, óleos lubrificantes, embalagens de agrotóxicos, e outros. Isso porque esses materiais são altamente poluentes e podem também prejudicar a saúde das pessoas.
A não responsabilização do descarte correto desses detritos por parte das indústrias pode gerar multas ambientais, além da perda da credibilidade no mercado.
O Brasil tem uma Política Nacional de Resíduos Sólidos que exige que indústrias que lidem com este tipo de materiais façam a logística reversa.
Além disso, cada vez mais os consumidores dão valor para empresas que investem em sustentabilidade ambiental. O estudo: “Balancing sustainability and profitability: how business can protect people, planet and the bottom line”, do IBM Institute for Business Value (IBV), mostrou que quase metade dos consumidores pagam 59% a mais em produtos sustentáveis ou socialmente responsáveis.
As vantagens da logística reversa para a indústria
Portanto, é certo afirmar que a logística reversa atualmente no Brasil possui dois vieses: o empresarial e o ecológico, sendo que ambos impactam nos resultados da indústria. Por isso é importante estar atento às leis e a opinião do público para manter a competitividade.
Em resumo, a logística reversa é importante porque:
- Minimiza o impacto ambiental;
- Melhora imagem da empresa e o valor da marca perante aos clientes e investidores;
- Reduz custos e gastos na produção;
- Reduz a necessidade de extração de matéria-prima;
- Reduz desperdícios de produtos potencialmente bons para o consumo;
- Evita multas e sanções;
Contar com um ERP completo é a maneira mais acertada de gerir a logística reversa de maneira eficaz. O SAP Business One otimiza a gestão dessas atividades, integra todos os departamentos em tempo real, e possibilita um controle apurado dos itens do armazém. Quer saber mais? Entre em contato com a gente!